Neo-liberalismo refere-se a tendência adotada por diversas nações a partir do aumento das camadas mais capitalizadas da população, e de esforços para a diminuição do intervencionismo estatal.
Convém em nações com grande reserva de capital e no caso de muitos paises dominantes, que contam com intenso financiamento a juro zero proveniente de outras nações. Um exemplo claro é o americano, cada um de seus dólares emitidos e que encontra-se em mãos estrageiras pode ser considerado como um emprestimo tomado pelos americanos com pessoas como eu ou você! Reflita: Aquela nota de US$ 100,00 na sua carteira é um empréstimo que o governo americano fez e você é o credor, apenas não sabias que não vai haver nenhum garantidor de retorno além do banco central americano. Lembro a você que seu credor já não lastreia suas emissões com bens tangíveis a boas décadas. Como eles tem muita demanda de dólares possuem também alta capacidade de financiamento. Só o governo Chinês empresta dessa forma aos americanos mais de 2,4 trilhões de dólares (sua reserva monetária), o Brasil é mais modesto, emprestou para os americanos algo como 450 bilhões de dólares.
Neste ponto penso, mas como o Brasil um país subdesenvolvido pode emprestar 450 bilhões aos americanos e não cobrar juros, ou mesmo uma garantia real. Bom, não há alternativas muito melhores. É que a economia mundial foi dolarizada logo após a segunda guerra mundial e isso tornou vários aspectos econômicos modernos possíveis, como a troca de mercadorias a nível global (exportações e importações), além de uma possibilidade de regulação do câmbio monetário por compra e venda de dólares pelo governo quando existem grandes entradas e saídas de dólares do país (entrou muito dólar, o governo compra porque o valor cai. Saiu muito dólar o governo vende porqur o valor aumenta), não para obter ganhos financeiros, mas para manter a estabilidade do câmbio.
Ok. Mas o que isso tem haver com o neo- liberalismo? Explico: se tenho dinheiro sobrando posso emprestar grandes quantias a juro baixo para meus "empreendedores" criarem novas empresas, produtos e serviços. Junto com os empreendimentos vem empregos, impostos, crescimento, infra-estrutura, isso tudo gera mais empreendimentos e junto vem empregos, impostos, crescimento, infra-estrutura, esta formado um ciclo virtuoso. Um mercado com mais emprededores gera um mercado com grande competição e a lucratividade começa a cair, isso desperta a necessidade de mais mercados a serem abordados, o que demanda agilidade e baixo controle estatal (a maioria dos estados é altamente burocrático e com baixa eficiência administrativa).
Neste contexto começam as pressões por privatizações e retorno das atividades do estado a suas funções estritamente de serviços públicos essencias. E até mesmos o conceito do que é serviço público essencial será questionado...a educação está melhor nas mãos de empresários? E a saúde, deveria estar sob a influência privada? As questões começam a ser de natureza filosófica e possuem respostas dependentes das naturezas do inquerido e do inquisidor.
Aí começa a briga por um pouco de controle estatal, é o ponto em que vivemos em muitos lugares devido a crise da COVID-19. Estavamos vivendo uma onda neo-liberal na entrada de 2020, vamos sair com uma onda de reestatização, seja devido a necessidade de financiamento de dividas do grandes players industriais, de instituições financeiras, ou empresas aéreas, seja por simples ideologia política.
Texto Autoral de Rodolfo Lucas Bortoluzzi.
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